Eunápolis, no extremo sul da Bahia, testemunha um cenário político digno de análise crítica. Um grupo político que, nos últimos anos, foi marcado pela ineficiência administrativa, com ruas tomadas por lixo, mato e entulho, agora tenta se reposicionar como oposição ao novo governo, mesmo sem credibilidade ou coesão.
Durante quatro anos de gestão, os agora opositores não foram capazes de cumprir suas promessas e deixaram um legado de nepotismo, despotismo e incompetência. O resultado foi a indignação popular e, consequentemente, uma derrota humilhante dentro e fora das urnas. No entanto, apenas cinco dias após a posse da nova administração, o mesmo grupo tenta cobrar o que não entregou em 1.460 dias de mandato. Esse comportamento, carregado de cinismo e hipocrisia, é revoltante para a população que acompanha o desenrolar dos fatos.
A nova gestão, liderada por Robério Oliveira, enfrenta o desafio de reverter o cenário caótico deixado pelo governo anterior. Embora seja cedo para avaliar se conseguirá conduzir Eunápolis com sabedoria, os primeiros sinais indicam empenho e ação. O histórico do novo gestor, que já sentiu o peso da rejeição popular em eleições passadas, pode servir de estímulo para não repetir os erros de outrora e buscar atender às demandas da população.
Por outro lado, a tentativa de ressurgimento do antigo grupo político como uma oposição “fajuta” causa mais indignação do que preocupação. Trata-se de uma estratégia falida de quem já perdeu o respeito e a confiança do eleitorado. Politicamente, o grupo parece estar enterrado, ainda que permaneça teimosamente na tentativa de se manter relevante.
O futuro de Eunápolis depende não apenas do desempenho do atual governo, mas também da capacidade da sociedade em rejeitar práticas oportunistas e exigir uma política mais honesta e eficiente. A esperança dos eunapolitanos é que a nova gestão continue mostrando serviço, enquanto aqueles que fracassaram no passado sejam lembrados como um exemplo do que não deve ser feito na administração pública.