Eunápolis enfrenta mais uma prova de como as redes sociais podem se transformar em terrenos férteis para práticas ilícitas e condutas antiéticas. Um grupo de WhatsApp, administrado por ex-servidores públicos ligados à gestão anterior, está no centro de uma polêmica que envolve conivência com crimes, omissão e oportunismo político.
Sob a administração de Antônio Carlos de Jesus, que acumula histórico de problemas judiciais, e a participação ativa de figuras controversas como o ex-servidor Máximo dos Santos, o grupo tem se destacado como um “celeiro de crimes”. Difamações, ataques pessoais e acordos escusos são corriqueiros, enquanto os administradores demonstram leniência com as ilegalidades.
Antônio Carlos, o criador do grupo, não só ignora as infrações que ocorrem sob sua supervisão, como adota desculpas genéricas para justificar sua omissão, como “estar ocupado com coligações”. Mesmo diante de alertas e denúncias, ele removeu pessoas que se defenderam de ataques difamatórios, enquanto tolera discursos ofensivos e criminosos de outros participantes. Essa conduta questiona não apenas sua capacidade de liderança, mas também sua ética.
Máximo dos Santos, por sua vez, tem se destacado no grupo pelas constantes difamações e condutas incompatíveis com qualquer debate saudável. Além de sua luta pública contra o alcoolismo, Santos demonstra um comportamento que ultrapassa os limites da civilidade e frequentemente recorre a ataques pessoais como forma de expressão.
O cenário se agrava com o fato de que Antônio Carlos tenta, simultaneamente, se aproximar da atual gestão municipal. A mudança de postura, contudo, parece motivada mais pelo interesse em retornar a um cargo público do que por um compromisso genuíno com o bem-estar da cidade. Esse mesmo administrador permitiu que o grupo fosse usado para ataques diretos e criminosos contra o atual gestor e a Câmara Municipal, sem qualquer iniciativa para conter as práticas ilegais.
A situação expõe um problema maior: o uso das redes sociais como ferramenta de ataque político e a falta de responsabilização por crimes cometidos nesses espaços. Antônio Carlos, agora enfrentando processos judiciais que podem comprometer sua primariedade, terá que aprender que administrar um grupo público exige responsabilidade e respeito pelas normas legais.
Para Eunápolis, o caso é um lembrete da necessidade de vigilância cívica. Crimes digitais e a cultura do ódio precisam ser combatidos, e aqueles que os promovem ou permitem que aconteçam devem ser responsabilizados. Afinal, a cidade merece debates construtivos e líderes comprometidos com a ética, não oportunistas que veem nas redes sociais uma arena para práticas destrutivas.