Eunápolis, BA – Uma investigação policial está em andamento após a realização de uma série de exames oftalmológicos em um espaço improvisado no fundo de uma igreja, local que se tornou o centro de uma polêmica envolvendo o ex-vereador conhecido como Xinha e um homem, por nome Douglas Lima que se apresentou como médico, mas que não possui qualificação legal para exercer a profissão, segundo a polícia.
As denúncias começaram a surgir quando pacientes relataram que haviam sido submetidos a procedimentos cirúrgicos sem a devida supervisão de profissionais habilitados. O “falso médico”, que alegou ter formação e especialização na área, não apresentou qualquer documentação que comprovasse sua qualificação, o que levantou sérias questões sobre a legalidade e a segurança dos atendimentos realizados.
A situação é ainda mais complexa para o ex-vereador Xinha, que, segundo as investigações, pode ser responsabilizado por facilitar e promover essas atividades ilegais. Fontes próximas ao caso afirmam que o ex-parlamentar teria atuado na organização de exames, atraindo pacientes em busca de tratamento oftalmológico a preços acessíveis.
A prática de realizar procedimentos médicos sem a devida autorização e supervisão é considerada um crime gravíssimo, e o falso médico poderá enfrentar severas penalidades, incluindo prisão. Além disso, a conexão do ex-vereador com a operação pode resultar em complicações legais significativas, uma vez que ele pode ser acusado de conivência ou até mesmo de participação ativa em um esquema de exercício ilegal da medicina.
As autoridades locais estão intensificando as investigações para apurar todos os detalhes do caso e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados. Pacientes que passaram por procedimentos no local estão sendo convocados a se apresentar para avaliação médica e relatar suas experiências, reforçando a urgência de uma resposta à altura da gravidade da situação.
Eunápolis acompanha atentamente o desenrolar do caso, que expõe não apenas a vulnerabilidade de cidadãos em busca de assistência médica, mas também levanta questões sobre a ética e a responsabilidade dos agentes públicos em assegurar a saúde e o bem-estar da população. A polícia civil já iniciou a coleta de depoimentos e a análise das evidências, na expectativa de que as investigações resultem em ações concretas para coibir práticas irregulares no setor de saúde.
Até o presente momento não temos a informação se o ex vereador sabia da ilicitude dos procedimentos do falso médico.