Na última quarta-feira (01) a unidade de saúde hospitalar do município de Itagimirim, foi massivamente denunciada por um membro legislativo e uma pseudo testemunha (que inclusive falou com a nossa reportagem ao telefone) na qual atestou utilizando fé pública conferida por seu cargo, que o hospital possuía mazelas absurdamente inaceitáveis. Ainda segundo o autor das denuncias, o hospital possuía uma administração fragilizada e que permitia situações absurdas ocorressem não apenas por imperícia técnica, mas também pelo ensejo de uma suposta “proteção” ao nome do gestor Luiz Carlos Júnior, eleito em 2020.
MAZELAS
As denúncias, embora sejam variadas, envolvem diretamente a saúde municipal, sendo o objeto alvo de denúncias a unidade hospitalar. Onde elencamos:
1) Volumétrico número de morte de nascituros.
2) Quadro de funcionários incompleto, embora possuísse supostos servidores fantasmas.
3) Ausência de medicamentos de baixo custo.
4) Ausência de água potável para consumo dos pacientes e/ou acompanhantes.
5) Subnotificação de óbitos de nascituros, bem como, subnotificação de números elevados de pacientes internados em razão da COVID-19.
6) Morosidade na transferência de pacientes em estado grave para unidade de saúde de maior porte.
7) Denúncias de que o secretário municipal de saúde possui um perfil ditatorial e extremamente arrogante para com os seus subordinados.
8) Amputação de membro mal-sucedida foi subnotificada, e com o agravante de que a secretaria de saúde teria realizado a “entrega” do membro amputado para os familiares do paciente.
APURAÇÃO
Após a recepção das denuncias supracitadas, foi realizado um relatório elencando os fatos mais graves, e que mereciam atenção imediata dos órgãos de fiscalização, bem como da imprensa, uma vez que diversos jornalistas, principalmente aqueles que ocupam cargo em emissoras de rádio e TV foram procurados, para publicizar o relatado.
Deste modo, a Ativa FM, tomando conhecimento das denuncias, enviou a jornalista Alinne Werneck para realizar toda e qualquer averiguação necessária. Além disso, instruída pelo órgão ministerial, a profissional tinha determinações claras para dirigir-se apenas ao Prefeito (ausente por cumprir agenda política) direção do hospital, representada pela Sra. Francinilda Câmara, e secretário de saúde, Manoel Batista.
CAI POR TERRA DENÚNCIAS SEM FUNDAMENTO
Não foi necessário muito tempo para que ao menos 90% das denuncias fossem ridicularizadas.
Nossas constatações:
Após a chegada da diretora da unidade hospitalar, que prontamente recebeu a nossa reportagem, principalmente em companhia de duas profissionais qua atuam no Hospital, que não apenas testemunharam o desenrolar da conversa, bem como, expuseram que cada item denunciado não passava de meras afirmações sem base, tampouco credibilidade.
APURAÇÃO:
O hospital não realiza partos de PRIMIGESTOS (primeira gestação) pois compreende-se que o primeiro parto pode ser o mais complexo de todos que uma mulher pode ter, neste caso, é de suma importância que após o atendimento e constatação da dilatação vaginal, a paciente seja conduzida para o Hospital Regional de Eunapolis. Além da improcedencia da denúncia, o Hospital sequer realizou em ANOS o número de partos que o denunciante alegou ter ocorrido em menos de 30 dias, com o agravante de que não há número de morte de nascituros registradas no período supracitado.
A ausência de medicamentos também foi uma falácia desmentida após a nossa reportagem ter constatado pessoalmente o estoque de remédios da unidade. Além disso, também improcede a ausência de materiais, tais como gaze, seringas, etc.
No mesmo contexto, foi verificado que no hospital há sim água potável para pacientes e acompanhantes.
O quadro de funcionários está completo, sendo que, em alguns casos, estagiários estão presentes na unidade, dando suporte a equipe local.
No próprio Hospital Regional, foi desmentida a informação de que os pacientes que chegam transferidos de Itagimirim são quadros gravíssimos já evoluindo a óbito. A diretoria do hospital de Eunapolis afirma desconhecer e até mesmo desmentir tal afirmação, alegando que os pacientes que são recepcionados, são levados em tempo hábil, devidamente acompanhados por profissionais que os mantém vivos e estáveis por todo o trajeto.
Por fim, nao há número de internados na ala do COVID 19, tampouco as ações de combate e prevenção a dengue são inexistes, a informação foi passada por uma profissional da unidade, que inclusive indicou que nos PSF’s há um cronograma de atividades.
Por fim, com a chegada do secretário de saúde, Manoel Batista, todas as informações que atestavam um sucateamento da saúde do município foi rechaçada, pois, o mesmo afirma ter orgulho dos avanços da saúde no município, e em muito parabenizou e elevou o trabalho dos profissionais da unidade hospitalar, nas quais, ele afirma ser de extrema qualidade técnica, sendo de suma importância para os números positivos que a saúde do município tem apresentado.
O secretário também não nega possuir uma postura séria e que nem sempre agradará a todos, mas refuta ser prepotente para com os funcionários, e que talvez o que ele não concede há alguns “políticos ou simpatizantes” o faz ter uma imagem de arrogante e grosseiro, mas que se for para a melhoria do município, ele não se importa com quem fale mal dele, uma vez que em conjunto com sua equipe, o trabalho tem avançado.
A Ativa FM esteve presente no local, não apenas para apurar e possivelmente desmentir (como foi feito) mas pela gravidade das denuncias e leviandade com que o autor as realizou. Na certeza da impunidade e de que geraria um desgaste na administração, o denunciante soltou factóides, acreditando que a Ativa e/ou Band FM recepcionaria os fatos narrados, e não iria APURAR a situação. Pior do que mentir para a imprensa, é TENTAR mentir para o órgão do ministério público, que se PRONTIFICOU a recebê-lo, mas estranhou o fato de que o mesmo não quis assinar uma denúncia formal, mesmo após um depoimento de quase 3 horas de duração. O anonimato é um direito que cabe a qualquer denunciante desde que as alegações sejam VERÍDICAS, pois, perante a lei, o ônus da prova é do acusador.
Após o relatório dos fatos comprovadamente falsos terem sido elencados, a própria jornalista que esteve no hospital, entregará a comarca responsável pelo recebimento da falsa comunicação de crime um dossiê com cada item refutado. Bem como, de outros crimes que recaem sobre o denunciante, a exemplo de um comprovado assédio sexual, e proposta de cunho obsceno e desonroso para quem exerce função pública, passível de perda do mandato e expulsão partidária.
Há ainda quem não se deu conta que internet não é terra sem lei, e que o zelar pela reputação alheia é um dever, ainda que o indivíduo não zele por sua própria reputação e decoro.
Propostas e investidas sexuais, podem incorrer em detenção de 06 meses a 3 anos. Mas esta matéria específica será veiculada noutro momento, após denuncia na DEAM e Delegacia Especializada em investigar e judicializar crimes cibernéticos.