Há pouco mais de um mês, o ex-prefeito Neto Guerrieri usou suas redes sociais para alertar sobre a iminente terceirização do Hospital Regional de Eunápolis, acusando o atual gestor, Robério Oliveira, de seguir os mesmos passos de Cordélia Torres. Na época, a denúncia foi recebida com descrédito por apoiadores do governo, que rapidamente se mobilizaram para desmenti-lo, classificando sua fala como despeito político.
No entanto, a realidade não tardou a confirmar as palavras de Neto. Apenas duas semanas depois, veio o anúncio oficial da terceirização, gerando revolta entre servidores da saúde e grande parte da população. Agora, diante do cenário de insatisfação generalizada, a pergunta que ecoa nas ruas de Eunápolis é: onde estão aqueles que desacreditaram Neto Guerrieri?
A resposta parece óbvia: muitos dos que antes contestavam veementemente a denúncia agora ocupam cargos na administração municipal, beneficiados pela folha de pagamento da prefeitura. O silêncio repentino desses defensores da gestão levanta suspeitas sobre o real interesse por trás de suas declarações anteriores.
Enquanto isso, a terceirização segue sendo motivo de críticas e incertezas, principalmente entre os profissionais da saúde, que temem precarização dos serviços e instabilidade em seus empregos. O que antes era tratado como fake news se tornou uma dura realidade – e os que negavam agora parecem ter encontrado conforto nas benesses do governo.