A insatisfação entre os servidores da saúde municipal atingiu níveis alarmantes, e a revolta tem nome: Lívia Oliveira, atual secretária da pasta. Em meio à polêmica privatização do Hospital Regional, um dos servidores, que preferiu não se identificar, desabafou à nossa reportagem: “Eu já vi secretária de saúde arrogante, mas esta Lívia veio por encomenda.”
A chegada de Lívia Oliveira à Secretaria de Saúde gerou forte resistência entre os profissionais. Indicação de Cláudia Oliveira, ex-prefeita, sua nomeação resgatou antigas controvérsias de sua passagem pela Policlínica Regional, onde sua gestão foi marcada por denúncias, inclusive de assédio moral. No entanto, nunca se manifestou publicamente para dar sua versão dos fatos.
O descontentamento dos servidores cresce diante do que consideram uma administração desarticulada. Segundo relatos, a diretoria da saúde tem pouca autonomia para tomar decisões, enquanto funcionários se sentem desmotivados e, em alguns casos, até humilhados.
Outro fator que alimenta a revolta é a mudança de posicionamento da imprensa local. Quando Cordélia Torres era prefeita, a privatização da saúde era fortemente criticada pelos veículos de comunicação ligados ao grupo político de Robério Oliveira. Agora, os mesmos setores que antes denunciavam o processo se calam, levantando suspeitas de favorecimentos e nomeações em cargos públicos, direta ou indiretamente.
A crescente impopularidade da gestão pode ter impactos diretos nas eleições de 2026, quando a primeira-dama, Cláudia Oliveira, pode tentar retornar ao poder. O clima nos bastidores indica que a insatisfação da categoria será um desafio a ser enfrentado nas urnas.