Em um ato que ecoa a insensibilidade de gestões anteriores, o prefeito Robério Oliveira demitiu dezenas de pais e mães de família em pleno feriado de carnaval. Muitos desses servidores, que dedicaram mais de seis anos de suas vidas à saúde pública, foram deixados à mercê do desemprego, em um momento que deveria ser de celebração e união.
O que torna essa situação ainda mais chocante é o cinismo que permeia essa decisão. Os mesmos trabalhadores que ajudaram a eleger o atual gestor agora se veem despojados de suas funções, enquanto Robério Oliveira parece seguir a mesma cartilha da administração que tanto criticou. Durante sua oposição, o grupo do prefeito não hesitou em denunciar demissões em massa, utilizando as ondas das rádios, como a Ativa FM, gerenciada por sua filha, para expor a crueldade de tais ações.
Hoje, porém, o silêncio dos radialistas é ensurdecedor, e muitos daqueles que outrora levantaram suas vozes em protesto parecem ter esquecido suas convicções.
A política, em sua essência, deveria ser um espaço de diálogo e respeito ao cidadão. No entanto, vemos que as mesmas práticas que antes eram alvo de críticas contundentes agora são aceitas e até defendidas. Esse comportamento revela não somente uma falta de ética, mas também um desprezo pela dignidade humana.
Quando a gestão se distancia dos princípios que prometeu defender, a população paga o preço mais alto.
Em tempos em que a esperança por mudanças genuínas é o que move a sociedade, atitudes como a do prefeito Robério Oliveira alimentam a desilusão e o desencanto com a política. É hora de exigir responsabilidade e coerência daqueles que ocupam cargos de liderança. A população merece mais do que promessas vazias; merece um governo que valorize seus trabalhadores, e não os abandone em momentos de crise.