O cenário político atual revela uma preocupante conivência com a violência de gênero, evidenciada pela atitude do candidato como Isan Botelho, apoiado pelo prefeito Juarez Oliveira.
Recentemente, ambos foram alvo de críticas por não se manifestarem em repúdio a acusações graves de assédio sexual e moral. A postura silenciosa de Botelho, diante das declarações do prefeito, que desumanizam as mulheres ao tratá-las como meros objetos de interesse, expõe uma profunda falta de respeito e consideração pela dignidade feminina.
A frase infeliz proferida por Juarez, insinuando que o problema de uma servidora estava relacionado à falta de intimidade física, não é apenas uma manifestação de machismo, mas um reflexo de uma mentalidade que perpetua a violência contra as mulheres. A omissão de Isan Botelho, em não se opor a tais declarações, sugere uma aceitação tácita desse tipo de comportamento, reforçando uma cultura de silêncio que silencia as vozes das vítimas.
É lamentável que, em um momento em que deveria haver uma clara oposição a comportamentos abusivos, a prioridade de Botelho pareça ser a manutenção de alianças políticas e interesses eleitorais, em detrimento da defesa dos direitos das mulheres. A falta de uma declaração contrária a atitudes de assédio demonstra não apenas uma falha moral, mas também uma irresponsabilidade política que perpetua a violência e o desrespeito. O momento exigia coragem e uma posição firme, mas, infelizmente, a busca por interesses pessoais se sobrepôs à necessidade de defender a dignidade e os direitos das mulheres.