A ex-sindicalista Jovita Lima, que por anos ergueu a bandeira da luta pelos direitos dos professores e alunos, hoje ocupa a cadeira de secretária de Educação de Eunápolis. No entanto, sua atuação tem gerado decepção e revolta entre aqueles que um dia acreditaram em sua voz ativa.
As escolas da cidade enfrentam um verdadeiro colapso: unidades sucateadas, alunos sem aula por falta de professores e monitores, e uma gestão que parece ignorar o caos. Diante desse cenário, a pergunta que fica é: Jovita Lima não tem autonomia para agir ou simplesmente virou as costas para a luta que a consagrou?
Não há problema algum em buscar crescimento profissional ou acreditar que pode contribuir de dentro da gestão. O problema é assistir a esse cenário de calamidade sem se manifestar. Se antes era combativa, por que agora silencia? A população precisa saber: falta vontade ou falta poder?
A educação de Eunápolis está à deriva, e quem deveria defendê-la parece ter esquecido suas origens. Se Jovita Lima tem voz, que fale. Se tem caneta, que use. Caso contrário, estará apenas figurando em uma gestão que já demonstrou sua incapacidade de cuidar da cidade.